Mais conversas de balneário
As idas ao ginásio são sempre ricas nas conversas de balneário. Ou entre amigas ou alguém ao telemóvel com um interlocutor desconhecido.
A última conversa era de uma rapariga que discutia a sua vida amorosa, ou falta dela, e que ia ficar para tia. Que já não acreditava que o dia dela ia chegar, em que ia ter alguém que a ia fazer feliz e ter filhos. E que já não há respeito hoje em dia.
E isto falando como se não houvesse amanhã, como se não houvessem pessoas a partilhar o balneário e, por outro lado, fazendo todas as etapas dentro do balneário como se nada fosse. Arrumando as coisas, calçando-se...
Ora eu não sou pessoa de ir a partilhar a minha com quem quer que seja. Mesmo desconhecidos. Obviamente que quem está no balneário não pode tapar os ouvidos. Ou será que ela ainda tinha a vã esperança de que alguém surgisse a dizer que conhecia um solteiro e bom rapaz...
Depois, mesmo estando a falar da minha vida e num estado de preocupação tão elevado, concerteza que não iria estar numa descontração a fazer outras coisas... Mas isso se calhar sou eu. E se calhar é por isso que a referida rapariga também não vai longe. Normalmente não é coisa que se ande a gritar por esse mundo fora.
A mim não me aquece nem arrefece, mas sinceramente pensei algo que não gosto de pensar sobre alguém: coitada. E não por não encontrar o amor da sua vida, mas pela figura que estava a fazer naquele momento.
4 comentários:
Acho que são influências telenovelescas em que todos falam de tudo num qualquer lugar como se não estivesse lá mais ninguém!
São figuras rídiculas... e tens razão - coitada!
Acho que é mesmo falta de recato. É contar as vezes que assistimos involuntariamente a conversas íntimas e inoportunas. Eu quando assisto dou por mim incomodada e não é nada comigo.
Caí aqui por acaso e gostei do que li. Vou voltar ;-)
Micragirl, bem vinda:) Espero que gostes e ganhes o hábito.
minanora, pois é... coitada!
É gente que ganhou muita experiência na actividade lamurial.
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