segunda-feira, maio 21, 2007

Mona Lisa



Faz hoje um ano estava eu especada em frente a ela, mas olhei mais para o lado do que para ela. Espantei-me mesmo com as cerca de 200 pessoas, umas a sair, outras a entrar, mas que mantêm a aglomeração populacional em frente ao pequeno pedaço de tela. Muito protegido, muito segurança. Impossível, quase, tirar uma foto, não vá a obra do Mestre deteriorar-se para a posteridade. Um acaso o estar em Paris há um ano, fui em trabalho, assim inesperadamente e à última da hora. Acabei por ter de ir sozinha, pois mais azar tinha o meu miúdo ido um mês antes de mim com os pais. E a comprar bilhetes de avião assim a menos de uma semana de distância, os preços não convidam. Mas alguém tinha de ir e fui eu a contemplada. Foi um mar de Códigos DaVinci, numa Paris a viver a estreia do filme. Imagine-se a quantidade de pessoas a querer ver tudo o que tinha a ver com a película. O Louvre à pinha. Peguei no mapa, assinalei as famosas peças entre a famosa colecção e fiz sprints pelos corredores para ver tudo até uma hora de almoço não muito tardia. Tudo, ou quase, a Vénus de Milo escondeu-se em todo o percurso, muito por culpa de obras de recuperação que aconteciam nos seus aposentos. E a sua nova localização era algo obscuro. Não pude privar com ela. Sozinha também decidi desta vez subir à Torre Eiffel no lusco fusco. Foi uma experiência memorável. As luzes a acender estamos nós a meio caminho, cintilamos com elas, somos admirados naquele grande mostrinho metálico. E lá em cima, tirando as rajadas de vento que nesse dia tinham sido de 90 km/h e que até ao momento exacto em que comprei bilhete impediam de subir ao topo mas que magicamente mudou nesse instante, admirar o pôr do sol avermelhado, escondido e tímido no meio das nuvens.


No dia seguinte afinal, tinha uma reunião tão importante quanto aborrecida para acompanhar, mas senti-me a verdadeira mulher de negócios!

3 comentários:

Zeca Paleca disse...

O meu ratinho, uma vez no LOUVRE, esteve mesmo para lhe roer o sorriso. Mas ela, a MONA, estava grávida do DA VINCI!!!!!!!

Virar a chave,
como quem lê uma página,
abrir por dentro,
libertar-se sendo,
como quem se envolve
na personagem,
lento.

Descobrir o além do sonho,
o impensado, o certo,
o mais que imaginado.
O que os olhos buscam cobrir
no sonho.

Ver em ti, a minha cara,
minha cara interpretada:
metade minha, metade clara.

E o meu ratinho também no:

http://lusoprosecontras.blogspot.com

Anónimo disse...

No Louvre? Acho que só daqui a 50 anos! Não é coisa que me atraia muito confesso! Mas os meus pais já lá foram e adoraram!

Beijinhos

wednesday disse...

Paris é sempre Paris, mesmo tendo um defeito monstruoso: ter franceses... O Louvre? É imponente, isso te garanto. Mas cada um com o seu gosto;)