A. Romão Dias
Não há quantidades em excesso de pequenas mas sinceras homenagens. O nosso professor deixou-nos. Mas tenho a certeza, pelo que falei com colegas e pelo que tenho visto nos blogues, a saudade será um silêncio ensurdecedor (passo a frase feita, aplica-se na perfeição).
É quem nunca esquecemos... Os pequenitos caloiros, ainda meio assutados ou sem saber o que lhes aconteceu... "Os caloiros este ano ainda são mais feios que os do ano passado"... Ou quando a sua própria cabeça fazia de electrão numa explicação ilustrada... Aulas em que tiros de giz podiam fazer lembrar um jogo de paintball em que só ele tinha balas... Ponteiros encolhidos à espera de poder resistir pelo menos uma aula. O cheiro do seu cachimbo anunciava-o sempre com antecedência. E sem nós darmos por isso, tínhamos aprendido 3 gordas sebentas de uma matéria que com ele só podia ser fácil. Jantares de curso com ele, a animação estava garantida. As meninas levavam rosas e até fazia de Pai Natal nas trocas de prendas natalícias...
Teremos saudade, mas a homenagem essa será eterna enquanto pessoas e profissionais. Foi nas suas mãos que nos começámos a moldar e só por isso está em cada um dos seus feios caloiros.
Até sempre!
Nota: por certo esta nota já foi repetida por vários blogues e nos media... Por certo tenho um delay... Mas ainda hoje me custa a acreditar...
5 comentários:
Não sabia que eras colega da Luna...
:)
apesar de ter sabido desta mui triste notícia na segunda feira, ontem quando li a notícia no Público Online, tive de me esforcar muito para nao deixar transparecer a tristeza e a mágoa que este desaparecimento me traz... Das aulas mais interessantes que já tive, dos professores mais cativantes que já conheci! Um grande adeus e até à próxima num QA etéreo!
carlota... +- colega... A Luna foi minha caloira. Além disso há 3 cursos que têm esta cadeira. Tendo eu estado no 1º ano no curso dela, no 2º já tinha mudado de curso. Mas sim, nesta casa somos todos colegas!
Bonita homenagem. Como fonita foi a da Luna. Todas as homenagens sentidas são bonitas.
Sou uma mulher de Letras e tive o privilégio de ser aluna de um grande Senhor e Escritor (maiúscula nos dois substantivos) chamado Vergílio Ferreira, o português mais merecedor do Nobel. Nem por ter continuado a vê-lo durante muitos anos (éramos vizinhos) e ter assistido ao declínio progressivo a morte dele me chocou menos.
Gostei do teu Até Sempre. Eu reencontro o meu querido professor sempre que pego num livro dele, sempre que me lembro dele (e é raro o dia em que, por uma razão ou por outra, ele não me venha à memória).
Ficam connosco e vivem em nós - diabos, só espero que isto não soe lamechas!
Obrigada pela visita à Gota, volta sempre.
Obrigada pela tua visita também... :)
Estas pequenas homenagens custam, porque vêm da perda de alguém, mas há algo que fica em nós marcado para sempre e que nos fará acompanhar da recordação...
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