terça-feira, fevereiro 27, 2007

Momento amorfo

Estou à espera que algo aconteça...
A semana passada tevo o ponto alto na 6ªfeira, em que tive de discursar e mostrar que afinal durante 2 anos de PhD já tenho alguma coisa feita. Been there, done that... Agora tenho de começar uma parte nova do trabalho mas estou tão amorfa que ainda não decidi por onde começar!
Além disso, hoje avizinha-se um momento muito mais emotivo, vão chegar os meus sofás!!! :D
Desta vez novos, não os mapples mais velhos que eu recambiados do Alentejo para a minha penthouse na Capital.

Não é não querer trabalhar, mas estou simplesmente a talhar a imaginação para me dar o clique!!... Isto de investigar nunca tem horas certas!

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Bucareste: próximo destino

Já está bem guardado o papelito que agora chamam bilhete de avião, o tal bilhete electrónico que se imprime directamente do site da companhia aérea.

É certo que nunca me vi a organizar uma ida até à Roménia, mas o trabalho tem destas coisas. O próximo ESCAPE (European Symposium on Computer Aided Chemical Engineering), o ESCAPE17 (onde a família CAPE se reúne anualmente...) é em Bucareste na Roménia.

Assim que vejo um novo congresso a aproximar-se, desenvolvo em pararelo com o trabalho que irei apresentar o construir do guia turístico, para preencher os bocadinhos em que o programa do congresso não tenha interesse científico para a minha área. Além disso ir à Roménia e passar o tempo dentro das paredes iria proibir-me de conhecer a "Paris" de Leste...


Qualquer semelhança com o Arco do Triunfo em Paris... Não é o mesmo?

Talvez a figura que mais esteja na memória de cada um seja Nicolae Ceauşescu e a sua liderança, que fez erguer construções megalómanas (classificadas como estilo comunista) como o Palácio do Parlamento. Para o efeito mandou arrasar por completo um bairro histórico! Este é o maior edifício da Europa (nada de pensar que seria o Louvre) e é o 3º maior do mundo...


Já um sightseeing que provavelmente ficará por visitar será o famosíssimo "Castelo do Drácula", em Bran... Mas afinal olhando para as imagens não há o friozinho de medo a chamar por mim. Parece inofensivo (e é, a imaginação é que tem apimentado a lenda... Mas Dracul é um nome que fica a ecoar fantasmagoricamente na cabeça...)

Pode ser que entre a comitiva Portuguesa no ESCAPE17 se organize numa escapadela até Bran...




quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Ilustres Desconhecidos - Dia da Mulher

Este post é dedicado ao sexo feminino... O dia da Mulher está aí à porta e decidi fazer um top 5 de Ilustres (não muito) Desconhecidos (não sei se percorri a minha memória para de facto escolher os 5 melhores, mas estes são muito bons exemplares...).

Ficam as fotos... Alguém sabe o nome? ;) Depois revelo os respectivos nomes... Atenção, a ordem é aleatória. Já agora qual é o vosso preferido?

# 1



















#2



















#3













#4




















#5








segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Carnaval Alternativo

Bem, o sem-graça que hoje em dia considero o Carnaval não me impede de gozar com a devida alegria o diazinho de descanso (talvez com algum trabalho pelo meio...).

Na minha ideia tenho uma ida à Gulbenkian para ver duas exposições:

Cartier 1899-1949. O percurso de um estilo: porque afinal "Diamonds are girls' best friends" e sonhar com o valor daquelas jóias na nossa carteira não faz mal a ninguém. É sempre um tema diferente de exposição e que nos deixará a divagar pelo mundo do glamour...

A outra exposição já está mais dentro do âmbito profissional e trata-se da Exposição Ingenuidades: Fotografia e Engenharia. Esta exposição tem o cunho de um professor que não fica indiferente aos alunos do DEQB do IST, o prof. Jorge Calado.

Os comentários e prognósticos (:P) ficam para o pós visita.

Leituras de Cabeceira

O que ando a ler neste momento são, a bem dizer, três exemplares diferentes. O livro típico de cabeceira é uma promessa a mim própria, de largos anos, "O Pêndulo de Foucault" do Umberto Eco. Devo confessar que é preciso uma certa estaleca para ler esta obra, mas se há livros que podem ser apelidados de "obras", este é um deles.




Para quem tiver o bichinho da História, dos mistérios, de uma boa história, do pormenor delicioso, então aqui fica um bom romance.

Outro livro (e este sim é o que está mesmo na cabeceira) é o "The Goal" do Eliyahu Goldratt. Fiquei muito entusiasmada no dia que estava depositado na minha caixa do correio, acabadinho de chegar dos States. O motivo pelo qual o estou a ler está relacionado com a minha (uma das) actividade de ensino no IST. No próximo semestre aproxima-se Gestão das Operações e como tal este exemplar não podia faltar no repertório. Uma história simples mas que tem feito milagres (e já tem uns bons anos) a quem o lê e trabalha na gestão da produção. Pena que seja complicado arranjá-lo em Portugal, mas é daqueles livros que mais vale ler o original.



Link aqui.

Uma vez que ainda estou a ler e, tenho de admitir, ainda sou uma novata nesta área, deixo aqui algumas linhas de comentários que encontrei. Apesar de ser uma leitura muito orientada para a Gestão de Operações, é um livro que aconselho a todos. Trata-se de pequenas coisas que até na vidinha rotineira do dia a dia nos podem ajudar. Para quem leu "Quem mexeu no meu queijo" e gostou, então este vai passar facilmente à frente.

"The Goal is a different type of management book.
Eliyahu Goldratt uses the approach of Socratic inductive reasoning to teach his Theory of Constraints. He does this by presenting ideas in the form of a fascinating novel about people dealing with the problems managers face at home and at work every day."

O site do autor é http://www.goldratt.com/... Há dias que precisamos de ideias simples e este senhor é um "expert" nisso...

Continuando na senda da vertente de ensino, o último livro que estou a "ler" (neste caso é mais ler mas com aprendizagem e preparação de aulas) e não está definitivamente na cabeceira, mas sim junto ao material de trabalho na sala, é o "Operations Management for Competitive Advantage" de Chase, Aquilano & Jacobs (desculpem o "search inside", mas fui surrupiar a imagem ao site da Amazon).



Link aqui.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Procura-se

Descer escadas, subir escadas. Um lampião espreita à esquina que se segue, mas ainda se vê no chão a sombra do lampião que ficou na esquina anterior. Ruas estreitas, algo escuras e enigmáticas. Com medo ou não de se passar por elas, não vão as paredes afunilar justamente na nossa cabeça. Um vulto mexendo-se, levantam-se olhos a medo. Qual impressão deixada por umas ceroulas penduradas num estendal centenário, esvoaçando, roçando uma parede em azulejaria, sujando-se mais do que largando a sua humidade intrínseca. Virar a próxima esquina, ruela mais larga. Simetria enganadora, qual será a esquina certa? Olhar à direita e à esquerda, ver quando há sinal de reconhecermos um novo ponto de referência. Pausa. Fechar olhos e imaginar um mapa estendido sobre uma mesa. Imensidão de quadradinhos com nomes encruzilhados. Procura-se um número, uma rua, ou será uma travessa? Nomes cuja memória enaltece algo ou alguém já distante do nosso contexto actual. Ainda ouço um suspiro de alguém murmurar "quando a rua do adro era ainda um caminho de cabras". Deve ser um suspiro trazido pelo vento, pois a encruzilhada mais velha que cem anos dobrados, mais velha é que um e qualquer habitante. Abrir os olhos, com eles um novo lampião alumia uma esquina antes escondida da vista. Talvez uma falha de luz não tenha permitido vislumbrar um enésimo recanto tão procurado com o olhar. Aproximar, reconhecer e sorrir. Olha-se a Lua num momento, lá no alto, parada, sobre todos e sozinha ao mesmo tempo. Uma outra casa repleta de estendalinhos azulejados. Uma delícia para quem vê por uma única vez, um orgulho para quem vê num dia qualquer, mas apenas vê sempre o pormenor ao lado. No cimo do prédio um aglomerado de antenas velhas, talvez ainda transmitindo um ou outro sinal. Há vida nestas ruas, há sempre uma nova esquina para orientada para um ponto cardeal à escolha. Se realmente somos um rato bem ensinado, lá ao fundo, depois de mais umas escadinhas alisadas pelos anos, há uma aberta, há uma vista, um rio, uma ponte. Lisboa.

As leituras (políticas e não só) do valor da abstenção

Para quem assitiu aos vários programas que acompanharam a contagem dos votos resultantes do referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, ouviram sem dúvida a famosa pergunta "Que leitura faz do valor da abstenção?" dirigida aos mais variados analistas políticos, comentadores e defensores de ambos os lados.

A abstenção ficou nos 56,39%. Se você fosse um leitor (pode ser de DVD) qual seria a sua leitura? ;)

Aqui ficam várias hipóteses de leituras:

- (ler) cinquenta e seis vírgula trinta e nove por cento;
- estava a chover e o filme de domingo à tarde enrolado num cobertor soou-me muito melhor do que o apelo do Excelentíssimo Senhor Presidente da República e afins;
- tive uma festa de aniversário;
- não sei do cartão de eleitor;
- tropecei numa casca de banana quando estava a fazer jogging às 6 da manhã e caí mesmo na esquina do passeio. Para piorar as coisas, passou um camião na estrada ao lado e encharcou-me todo até à espinha. Depois de me conseguir levantar com as dores e ter conseguido voltar a casa ao fim de 2 horas, não havia ninguém em casa e eu não tinha chave. Estavam todos na missa. Quando alguém apareceu, blá blá blá (desculpa esfarrapada).

Acho um bocado "esforçado" algumas das leituras ditas políticas que ouvi no passado domingo. Como por exemplo o valor da abstenção traduzir o sentimento dos portugueses de que há matérias mais importantes para serem discutidas que o aborto. Sinceramente, e na minha posição de cidadã, acho que simplesmente quem não foi não se preocupou minimamente (já para não falar da quantidade de idosos que não se consegue deslocar). Quase que se deu mais importância à abstenção do que ao resultado em si. Quem se deu ao trabalho de ponderar a sua decisão e foi votar vê-se ultrapassado por quem simplesmente não quer saber do que quer que seja. Se para eleger governo, orgãos municipais e presidente da república não há a exigência de 50% dos votos para que seja efectivo, então para mudar uma lei é?...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Jurar amor eterno


Foi em Mântua, Itália, que foram encontradas estas ossadas. Não se sabe ainda as idades nem o sexo, mas ao vermos este quadro as emoções falam logo mais alto. Fazem lembrar lendas e histórias de amores proibídos, de mortes induzidas, por querer ser apenas feliz!
Numa altura que estamos a poucos dias do dia de S. Valentim, que irá borbulhar ramos de flores e jantares românticos, não deixa de ser uma descoberta que comove qualquer um.
Tudo isto me faz lembrar quando estive em Macau, a fazer este ano 11 anos, e tive oportunidade de ir visitar o Templo de Kun Iam Tong. É neste templo que existem duas árvores bem antigas, cujos ramos de tão entrelaçados se fundem num só. Diz a lenda que naquele mesmo local morreram dois jovens vítimas de um amor proibído e que as árvores nasceram, floresceram e juntaram-se, no seu lugar. Mais atrás, estão duas árvores mais novas, também elas entrelaçadas com as mais velhas, que, dizem, são os filhos do casal.
As lendas são sempre um abanão para o nosso coração. Na verdade, são apenas quatro árvores antigas com ramos entrelaçados conhecidas como a árvore dos amantes e símbolo da fidelidade conjugal.
Macau é um pontinho fervilhante, com muitas raízes portuguesas, mas sem dúvida tão igual a si próprio. Cada esquina cruza cheiros diferentes e cada local tem uma história fantástica para nos contar. A sua veia asiática mistura culturas e funde-se para dar origem a um local que nunca se esquece. Tal como Itália, país romântico imemorial, onde jazem abraçados os jovens amantes. Inesquecível.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Mais uma frase do dia, o nosso país é pródigo em aberrações!

"Sócrates deveria ter percebido que Manuel Pinho desferiu ao Plano Tecnológico o maior ataque desde que o primeiro-ministro o elegeu como a sua principal 'visão' para o futuro do país".

Manuel Carvalho, PÚBLICO, 5-2-2007


Situação: Manuel Pinho, Excelentíssimo Ministro da Economia, referiu na recente visita da Comitiva Governamental Portuguesa à China, entre outras "coisas" que uma das vantagens competitivas de Portugal são os baixos salários.

Comentários:

1 - DUH!
2 - Afinal somos mesmo coitadinhos...
3 - E vamos dizer aos CHINESES que por aqui fazemos as coisas por tuta e meia!

De facto só apetece mesmo ser irónico, mais vale rir do que chorar...

Comentário à frase:

1 - LINDO!
2 - Manuel Pinho a correr para as saias do Sócrates: "papá, papá, o mano bateu-me..."

Resta saber onde é que os grandes grupos Chineses vão encontrar motivos para investir no nosso cantinho à beira do Atlântico, porque com estes motivos, parece-me muito mais atractivo lá para os lados da Ásia!

domingo, fevereiro 04, 2007

Boa vida

Este fim de semana descobri como é viver sem televisão, tarefa assim de longe complicada para quem vive sozinho. Pois é, tive a (in)felicidade de o som da minha TV ter metido baixa e tive de me habituar a uma vida caseira diferente. Durante a semana, tudo bem, a malta vem a casa quase só dormir. Mas e o filmezinho de domingo à tarde enrolado num cobertor? E hoje ver os Fedorentos?... Não dá!

Mas com sorte foi um fim de semana agitado. Depois do sofrimento na Luz (que espectáculo, só faltou o reluzir da bola nas redes, porque jogou-se muito e apoiou-se ainda mais), houve um roteiro ainda vermelhusco para a minha prima que também veio à Luz. Almoço com vista para um mar "vermelho"... :)

Depois acontece uma daquelas coisas que por ser inesperada, sabe melhor. Jantar de aniversário. Já tinha ouvido falar na fama de alguns "spots" ali para os lados de Carnide, mas não conhecia. Foi desta que inaugurei o roteiro para aqueles lados. O Bacalhau suado com um cheirinho de açorda de Gambas, muito delicioso!

O domingo continuou com uma agenda dedicada aos amigos. Por isso o telemóvel esteve ao serviço para combinar um cafézito de fim de tarde. Às vezes tão perto e estamos demasiado afastados dos nossos verdadeiros amigos. Vá lá..., há sempre um bocado para o cafézito-de-por-a-conversa-em-dia...

E amanhã já é 2ªfeira!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Quantos de nós conhecem a lei que rege o nosso país?

Só para o conhecimento de todos, aqui fica um excerto do actual código penal, onde são explícitas quer as razões da punição da mulher quer as actuais razões para se poder fazer aborto.

É importante que todos conheçamos a lei actual para podermos opiniar e pensar no que vamos votar.

Estive a ver um fórum muito interessante no site da Ciência Hoje, e de facto a dúvida estará sempre conncosco...

Aqui fica.

Livro II

Título I - Dos crimes contra as pessoas
Capítulo II - Dos crimes contra a vida intra-uterina

ARTIGO 140ºAborto

1 Quem, por qualquer meio e sem consentimento da mulher grávida, a fizer abortar, é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos.

2 Quem, por qualquer meio e com consentimento da mulher grávida, a fizer abortar, é punido com pena de prisão até 3 anos.

3 A mulher grávida que der consentimento ao aborto praticado por terceiro, ou que, por facto próprio ou alheio, se fizer abortar, é punida com pena de prisão até 3 anos.

ARTIGO 141ºAborto agravado

1 Quando do aborto ou dos meios empregados resultar a morte ou uma ofensa à integridade física grave da mulher grávida, os limites da pena aplicável àquele que a fizer abortar são aumentados de um terço.

2 A agravação é igualmente aplicável ao agente que se dedicar habitualmente à prática de aborto punível nos termos dos nºs 1 ou 2 do artigo anterior ou o realizar com intenção lucrativa.

ARTIGO 142ºInterrupção da gravidez não punível
(*Ver Lei 90/97 Que Altera Este Artigo*)

1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez;
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação, e for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez; ou
d) Houver sérios indícios de que a gravidez resultou de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez.

2. A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.

3. O consentimento é prestado:a) Em documento assinado pela mulher grávida ou a seu rogo e, sempre que possível, com a antecedência mínima de 3 dias relativamente à data da intervenção; oub) No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou psiquicamente incapaz, respectiva e sucessivamente, conforme os casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral.

4. Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior e a efectivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos.