sexta-feira, setembro 28, 2007

Há 10 anos

Estava hoje a entrar no campus do IST e a lembrar-me que há 10 anos atrás foi quando entrei cá pela primeira vez, pequenita, caloirita, longe de casa. Agora já podia ter 2 licenciaturas. Já acabei o curso há 5 anos e desde então que me decidi ficar pela investigação (coisa que este país não estima e só mascara para inglês ver).

E depois pus-me a pensar nas coisas cómicas que se passam no Campus do IST. Ou algumas delas passavam, já não passam, infelizmente. Por exemplo, o Nabunda.

Quantas vezes não teve ele aulas comigo de Análise III? Conseguia ser o único ser vivo na sala que podia dormir sem levar um grito do prof... Sim, às 8 ou 9 da manhã só nos fazia era inveja, ali enroscado no canto do GA3. Depois quando já era hora de almoço, entrava pela cantina num banzé desgraçado e não se contentava com os bifes sola de sapato (nem nós, como é óbvio). Se algum cão entrava no espaço dele havia problema sério e um dia, imaginem, até o vi em vias de facto com uma amiguinha:P Já para não falar que entrava à borla no Super Arraial. A maioria dos cães aqui da zona deve ter algum parentesco com o Nabunda. Ninguém sabe que idade o animal tinha. O problema é que não foi eterno. A nossa mascote começou a piorar lá por 2003 e acabou por ter de ser abatido em 2004. Há quem diga que a idade do pequeno ascendia a 20 anos. Mas para quem veio para o IST pós Nabunda já não vai saber o carinho que todas as pessoas tinham por eles. Não vão ter, afinal, uma parte da "formação" que se dava antigamente aqui no IST. E se calhar não ter também um saco de pulgas como mascote:P

6 comentários:

Anónimo disse...

"Já acabei o curso há 5 anos e desde então que me decidi ficar pela investigação (coisa que este país não estima e só mascara para inglês ver)."

Não que eu tenha ficado em investigação na minha universidade, mas tenho alguns amigos agora a iniciar-se nisso após termos acabado o curso e pelo que vou conhecendo, infelizmente tens razão...

headache disse...

Tadinho do bicho, deu-me pena saber que tinha morrido :(

Anónimo disse...

Quarta-feira (desculpe-me o tratamento "nacionalizado", mas gosto...)

A malta também tinha um bicho de estimação lá na universidade, o Tripé (tinha apenas três patas), que era um estrondo de cão! Agora fiquei com saudade do bicho!

Eumesma disse...

Bem, esta história é-me familiar...

Trabalho não em Investigação, mas para investigadores e aqui no Campus do INETI, também temos uns caezitos, que vieram não sei de onde, acabaram por ficar (normalmente estão sempre na portaria e são cuidado pelos Seguranças) e se divertem a correr mtas vezes atrás dos caros..já fazem parte da familia. :-)
Se calhar são parentes desse... ;-)

Qto á Investigação em si, sei bem do que falas...


Bjs

wednesday disse...

Nunca vai haver outro como o Nabunda.

Morceguinho disse...

lágrimas marotas passaram pelos olhos de todos os que conheceram o Nabunda!
bem me lembro de chegar de manha cedo só com um olho aberto e vê-lo todo pimpao a curtir o "nascer do sol" à porta do Edifício Central!

E as regras que qualquer calooiro aprendeu acerca do respeito que tinha de mostrar ao Nabunda, nao só uma mascote, mas "um de nós", mais anciao talvez...

Os miúdos de Electro arranjarm um micro cao, bem giro e simpático, também cuidado pelos segurancas, há coisa de 3 ou 4 anos... Tinha um nome cromo. Mas nao substitui, nem pretendia!

Entretanto, Wednesday! te quero dizer que no restaurante "Zum wehrhaften Schmied" há um cao que é parecidissimo com o nosso Nabunda! um bocadinho maior, mas pêlo, cor, pachorrentice, dono da zona!...
Só nao vai é a correr atrás das motos nem ladra aos senhores da livraria Barata...