Chegados os Portugueses, já de noite, às novas terras, pensaram que tinha chegado à foz de um rio. Por isso, ao ponto onde desembarcaram chamaram de Rio de Janeiro, por tal descoberta ter sido feita no primeiro mês do ano. Só quando amanheceu constataram que não havia nenhum rio, mas o nome primogénito vingou.
No Rio parece que estamos cá. Ou de cá parece que as imagens ecoam lá. A viagem de 9h 30 min durou tanto tempo. Mentalizar que é a primeira vez que se vai ao Brasil. Qual descobridora aérea! A Língua, o calor, a simpatia, os traços, o amor à sua terra. Os brasileiros comuns mudaram a ideia que eu tinha deles. Por cá já há bastantes, mas não conheço nenhum em especial. Depois conhecia alguns de congressos, mas não eram nada representativos.

Quem gosta de ser um bon vivant, que embarque rapidamente. Prometo que não se vai arrepender. Cheira a samba a cada esquina, bate-lhes mesmo o coração naquele ritmo frenético. No Centro Cultural carioca tentei, juro que tentei, acompanhar o ritmo. Mas fiquei-me pelos cantos. Imaginem que há um Bairro cujo estilo é Bairro Alto. Imaginem um outro que parece a encosta do Castelo...
Bem, mas para já tenho de vos mostrar a vista que tive na primeira manhã, à janela do quarto do meu hotel.
O congresso correu bem. Fiz a minha apresentação, cada vez com menos nervosismo e com mais à vontade. Trocas de alguns contactos. Sessões plenárias onde sempre se aprende algo, onde sempre se tiram ideias e onde pensamos se algum dia vamos saber comunicar assim e estar numa posição de ser convidado a falar sobre a nossa área.
Voltando ao turismo e ao Brasil. Comprei um vestido para um casamento. Suponho que ninguém vá ter um igual (espero). E imaginem que no fim a senhora que me atendeu se despede com 2 beijinhos. Esta malta não existe!
O Cristo Redentor espreita-nos e guarda-nos de todo o lado. Das coisas que mais me impressionaram foi a altura dos vários morros que circundam o Rio. São muitos e enormes!

Noutro canto está o Pão de Açúcar. Não há dúvida que a Natureza foi muito generesa nesta área onde viria a nascer o Rio.

Não fosse haver favelas por todo o lado, talvez lhe pudesse atribuir a minha nomeação de cidade mais bonita do mundo. Há quem não duvide. Mas se para o lado direito da minha janela do hotel a vista era aquela de cima, para o lado esquerdo e para cima era esta... Uma favela e esta das mais pequenas. É a do Vidigal. Há a da Rocinha onde vivem, se não me engano, cerca de 600 000 pessoas. E o mais "engraçado" é que há uns anos trocou-se títulos de propriedade de barracas por votos, o que faz os habitantes donos legítimos do seu pedaço de terreno.

Irei ter, em princípio, mais fotos de uma outra pessoa. Por isso haja essa oportunidade e eu faço um novo post.
Ahh, como gosto de viajar!