quarta-feira, março 21, 2007

Politiquices: défice orçamental

Infelizmente não sou dada a grandes políticas, não vale a pena explicar porquê, basta apenas dizer (como talvez a maioria das pessoas o perceba) que a desilusão que os nossos políticos nos dão só fazem afastar a população dos senhores-lei.

No entanto, estou sempre atenta ao que de político e/ou económico se passa neste país. E foi com satisfação que ontem me deparei com esta notícia:

"Bruxelas recebeu com satisfação o défice de 3,9% do ano passado, bem abaixo dos 4,6 previstos no Orçamento de Estado. O comissário para os assuntos económicos e financeiros acredita que o esforço de contenção orçamental valeu a pena, mas lembra que deve continuar"
Significa isto que o aperto do cinto (que tocou ao bolso de todos, no meu tocou com muita força...) está a ser feito com efeitos que se vêem mais tarde (é como se o governo tivesse colocado uma banda gástrica, mas o efeito não é instantâneo).
O que (não) me surpreende é que nas votações que são promovidas pelo portal SAPO a reacção à pergunta "Agora que o défice baixou, o Governo deve baixar o IVA?" a larga, mas mesmo larga maioria das pessoas tenha respondido que Sim. (Não me recordo bem das palavras correctas, na altura não tirei um print screen...). A minha resposta foi uma das outras opções, que sugeria que para já não. O que é óbvio! Agora que emagreci já posso "enfardar"?!? O erros desta natureza e ao mais alto nível doem a todos. E só quando o nosso país aprender que não é ser mais esperto que o vizinho que as coisas melhoram, nada feito... Há gente que parece só viver de esquemas.
E o governo? O governo tem de saber "chegar" mais perto da população em geral. Não se podem esquecer que a larga maioria da população não está preparada para o palavreado caro que eles gostam de usar. Porque a política não tem de ser complicada, mas sim eficaz!
Claro que os ajustes apertam sempre a mais alguns. Criticar todos sabem fazer, mas olhar em frente e passar em cima das brasas, "vai tu, que eu já vou"!
São necessários sacrifícios, é claro. Não digo que o nosso ilustre Primeiro tenha sido justo ao propagandear que não ia aumentar os impostos e aumentou. Não foi... Mas foi um excelente Marketeer... Sem dúvida! Se é Socialista? Tenho as minhas reservas, mas desde há uns anos que precisávamos de um ponto final parágrafo. Mudar de página mesmo...
O país está fraco. O que o pode vir a tornar forte a médio prazo será fruto daquilo que agora fizermos. E reformas e apertos de cinto precisam-se. E quando voltarmos a ser elegantes, ninguém vai deixar de se olhar ao espelho e vamos estar no canto do olho dos outros...

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