Crise feminina

Ontem quando ia já a cambalear pela casa, depois do chá, fui lavar os dentes. Suponho que não há mulher que se preze (a menos que tenha nascido com os pêlos, ou a falta deles, no sítio) que não tenha uma pinça em casa e que está sempre ali à mão para tratar da saúde a algum mais rebelde. Eis senão quando dou por mim em pânico por não ver a bem dita pinça em lado nenhum. Caída, escondida, pelo chão, em buracos, nas gavetas, no sítio errado, nos bolsos, na sala ou na cozinha, voltei a ver todos estes sítios 2 e 3 vezes. E já me imaginava em pânico a ter de ir comprar uma substituta, sem saber se ia ser melhor que aquela companheira de anos (para cima de 10 se não estou em erro). Voltei a ver tudo, em desespero, uma procura que me levou uma boa meia hora. Até que tive de começar a raciocinar à Hercule Poirot (já lá ia o sono, com o pânico, depois para adormecer é que foram elas, lá se foi o efeito do cházinho). Provavelmente quando estive no WC a recolher o material para ir ao ginásio podia ter ido sem querer junto a ele. Em stress à procura da mochila, esgatafunhei tudo até que, lá no fundo, perdida mas aconchegada, estava ela, a MINHA PINÇA. Fui para a cama mais descansada, mas a noite já não foi aquilo que eu desejava que tivesse sido. Imaginar que a podia ter perdido assim, sem mais nem menos...

Nota: não se preocupem, a tese está quase, depois volto ao normal, o que quer que isso signifique:P