quinta-feira, maio 03, 2007

E se eu tivesse ido para Direito?

Bem, nesse caso devia ser uma nulidade... Não gosto de decorar. Não gosto de desenbuchar até mais não poder, parece que se está constantemente mal disposto, tanto é o (des)conhecimento que se deita cá para fora. Depois isto dos direitos e das leis é demasiado complicado, tenho sempre a sensação que não há ninguém que saiba por tudo de pé. Já leram algum Decreto-Lei? Eu parece uma miúda da primária a ler aquilo. A Lei é para todos, mas assim não vão ter nunca muitos amigos.



Dado este pequeno enquadramento, já todos devem ter percebido que a minha queda para a política, felizmente, não me fará magoar a sério, porque tenho pouca.



A questão agora, e alguém me explique porque eu gostava MESMO de saber, é como é que se sabe quem ganha um debate político?



É que ontem a Ségolène e o Sarkozy estiveram "às turras" mais de 3 horas num français fervilhante (fui pondo na TV5 para ouvir o inconfundível idioma falado ao mais alto nível) e hoje ao ler as gordas a conclusão que aparece é a seguinte:

"Duelo televisivo Ségolène - Sarkozy termina sem um vencedor."

Expliquem-me, porque isto é daquelas coisas que tenho mesmo curiosidade!

9 comentários:

V. disse...

Isto era uma pergunta de retórica, certo?

wednesday disse...

Depende... Se era a do título, era. A minha dúvida é mesmo uma dúvida. Como é que raio se ganha um debate?:P

V. disse...

vou tentar explicar. (depois se quisers apaga o comentário, ok?

A minha nulidade também é grande, a lógica do racicínio diz-me que vence as eleições o candidato que mais "agradar" aos eleitores.

* se os candidatos evitarem perguntas difíceis (por acharem que ao responder pelas suas convicções vão perder eleitores) ficam entalados

* se responderem a essas perguntas ficam entalados

* se tiverem um bom debate onde expõem os seus planos, sem agressões ao adversário, com palavras que todos percebam, sem "atirar areia para os olhos", aí "empatam".

Porque o objectivo do debate é esclarecer e orientar o eleitor que está na dúvida, e nesse caso mesmo tendo havido esclarecimento, nenhum dos candidatos obteve mais intenções de voto.

No caso específico das eleições em França dabatia-se a 2ª volta. Pelo que ouvi nas notícias os eleitores não ficaram mais tendenciosos para nenhum lado depois do debate. Ou seja: pode dar-se o empate.

Fui confusa?

wednesday disse...

Ok ok... Isso tudo eu percebo, tb vejo os debates cá. Como é que depois os media ou os analistas deitam cá para fora o "vencedor"... Isto é tudo muito subjectivo, por isso é que eu sou Engenheira! Mete-se um número aqui e ali, erro de 10% e tá a andar!...

V. disse...

Eu sou geóloga. É uma questão de abertura de raciocínio e de mente. Treina-se :)

wednesday disse...

Lá está, um processo dedutivo, muito característico da malta de ciências:D

V. disse...

Exactamente. Um pouco de lógica científica. A lógica científica aplica-se em todas as ciências (e não ciências). É uma das vantagens de se ter seguido ciências: está-se mais preparado para uma visão ampla das coisas. Porque ser cientista não é só meter números aqui e ali e contar com a estatística. As coisas são porque têm uma lógica. E se parecem não ter lógica, vamos lá ver porquê. O ciclo é maravilhoso.

headache disse...

OS gajos do 31 da Armada foram mais pragmáticos:

Se deu empate, foi porque o Sarkozy ganhou com o seu discurso de promessa de autoridade renovada e pulso-de-ferro e todas essas coisas que assustam os puros democratas.

Também podem estar errados, no entanto...

wednesday disse...

Eu acho que qualquer comentário do tipo ganhou este ou aquele pode estar errado... Cada um interpreta como quer, ou não? É que se alguém tivesse ganho então toda a gente ia votar nessa pessoa. Eleições são na urna;)

thunderlady, exactamente. A malta de ciências é muito abrangente. Por exemplo eng química, que foi o meu curso, tem os horizontes muito alargados porque a falta de emprego é grande. POr exemplo, o que eu faço agora no meu doutoramento já tem muito pouco a ver com o curso em si.