segunda-feira, abril 21, 2008

"Kurta" ou "Curtjinha"

Não sou a favor do Acordo Ortográfico. Uma coisa é a evolução da Língua Portuguesa outra coisa é a uniformização com os países que também a adoptaram ao longo da História. Por mim cada país deveria evoluir na sua cultura sem estas condicionantes.

Agora se o Acordo Ortográfico nos livrar do Pitês, sou capaz de repensar a minha posição, pelo menos durante 5 segundos. E ke jah num ha paxienxia!

15 comentários:

Anónimo disse...

Isso se não se lembrarem de incluir o pitês na coisa, Wed :)

pensamentosametro disse...

Isso tinha a sua piada, tinha era o desclabro total, contudo, não impossível.

bjos

Tita

Sally disse...

PoXa, TaMbEm N mE aGrAdA IxO.. XaTiCe!

baaaah

Lia disse...

Imagina se a adaptação fosse ao "pitês"! Era bem pior :)

Lia disse...

Imagina se a adaptação fosse ao "pitês"! Era bem pior :)

Octane disse...

Não sei bem o que seria pior, porque tendo aprendido o português correcto que aprendi (e do qual me orgulho de ser um correcto utilizador), revolta-me no mais profundo das minhas entranhas que estejamos a sofrer a invasão dos brasileiros.

Essa gente andou 500 anos do lado de lá do oceano a corromper das formas mais distorcidas e idiotas a nossa língua, e agora vêm trazer as tangas que eles inventam para cá?

E qual é o mal de utilizar um estrangeirismo? Eu prefiro dizer cowboys (nem que tenha de pôr em itálico ou entre aspas, até fica bem) do que dizer cóbois! Isto é uma aberração!

Vem uma gente que mal sabe falar ensinar-nos a nós, que inventámos o raio da língua, a escrevê-la? Voltem mas é para as vossas caipirinhas e afins, e deixem-nos em paz! Atirem o gajo que inventou o acordo do Cristo Redentor abaixo!

E tenho dito!

Samantha disse...

Foguh mexmu!!! É ki agora vão obrigarnux a adaptar o portuguêx verdadeiruh às merdax k os outrux inventaram nus outrux paíxes!!!!! Era u k maix faltavah!!!!

Mary of Cold disse...

Qualquer dia começamos a transformar os verbos ingleses (ou "amaricanos", como preferirem) em "coisas aportuguesadas", ou então inventamos mesmo palavras sem sentido nenhum mas que passam a fazer parte do nosso vocabulário.
Curiosidade: Também vamos adoptar os nomes brasileiros?
Gérson, Irineide, Cleonilde, e muitos, muitos mais...

MissKitsch disse...

Eu cá acho é que vamos ser apresentadas a uma nova forma de pitês, ainda mais irritante.
Tenho cá para mim que sim!

Anónimo disse...

A Língua portuguesa está a passar por um período de implantação, quer nos países Africanos de Língua Portuguesa, quer em Timor Leste. Na Guiné-Bissau esteve até para ser adoptado o Francês como língua oficial e em Timor-Leste o Inglês. Daí será fácil concluir que a língua portuguesa nas nossas ex-colónias não ficou muito bem cimentada. Esses países já não são colónias portuguesas, são livres e tanto poderão seguir o português falado em Portugal, por 10 milhões de habitantes, como o português falado no Brasil, por 220 milhões.

A teoria de Darwin é mesmo verdadeira e Portugal, se teimar em não se aproximar da versão de português do Brasil sujeita-se a ficar só e, mesmo assim, não vai conseguir manter a pureza da língua porque ela evolui todos os dias, independentemente da questão que agora se nos põe: todos os dias há termos que caem em desuso e outros novos que são adoptados pela nossa língua, em especial termos ingleses que são adoptados sem quaisquer modificações.

Se não houver aproximações sucessivas ambas as versões do português continuarão a divergir e daqui a algumas gerações serão línguas completamente distintas. Será então a altura de Portugal confirmar que saiu a perder porque ficou agarrado a um tabu que não conseguiu ultrapassar.

O Brasil tem um impacto muito maior no mundo do que Portugal, dada a sua dimensão, população e poderio económico que em breve irá ter. O nosso português tem hoje algum peso muito em função dos novos países africanos PALOPs ) e de Timor Leste, mas ninguém garante que esses países não venham um dia a aproximar o seu português da versão brasileira e há até já alguns sinais nesse sentido. A população do Brasil permite altas tiragens das publicações que ficarão mais baratas e, se houver maior harmonização, as editoras portuguesas (e amanhã dos PALOPs ) poderão vender mais no Brasil.

Se Portugal permanecer imutável um dia poderá ficar só: a língua portuguesa de Portugal será então considerada uma respeitável língua antiga (o Grego é ainda mais), da qual derivou uma outra falada e escrita por centenas de milhões de habitantes neste planeta. O nosso orgulho ficar-se-á por aí e pronto!

Ambas as versões de português têm uma raiz comum e divergem há cerca de duzentos anos. Outros duzentos e já não nos entenderemos: terão que ser consideradas duas línguas distintas.

O acordo ortográfico é uma decisão apenas política e quanto aos linguistas, apenas terão depois que assimilar as alterações e segui-las. Por exemplo: não se poderá alterar por decreto que uma molécula de água passa a ter dois átomos de oxigénio e outros dois de hidrogénio; ou que 5 vezes 5 passa a ser 28 em vez de 25. Mas poderá alterar-se por decreto a grafia de "acção" para "ação" e quem não aceitar a alteração passa a cometer um erro. Com todo o respeito, mas também não são os Juízes que legislam, apenas têm que interpretar e aplicar as leis.

Portugal nada ganhará de imediato, mas tem muito a perder no futuro se rejeitar agora o acordo que o Brasil está disposto a aceitar.

Zé da Burra o Alentejano

Kitty Fane disse...

Também não concordo com o acordo ortográfico, mas, estou contigo, se nos livrasse do pitês, até batia palminhas à sua chegada. :-D

Octane disse...

Exmo. Sr. Zé da Burra,

O Brasil não está disposto a aceitar coisíssima nenhuma, a proposta dá-lhes imenso jeito a eles, porque assim a sua massiva rede de publicações chega a muitos mais mercados.

Esse país de abéculas, cá por mim, podia bem passar a considerar-se americano, é o que eles querem e têm vergonha de admitir!

Eu recuso-se a aceitar falar de alguma forma semelhante a essa gente que escreve "plugar" em vez de "ligar"! Isto é autêntico, li-o num manual de instruções de uma máquina de ensaios que foi adquirida para um laboratório!

Pessoalmente não vejo que se perca coisíssima alguma em recusar tal acordo. Os livros traduzidos por brasileiros são uma m####, para falar mal e depressa.

E pelo menos assim sobrevive alguma coisa da nossa cultura, que todos querem enterrar! Portugal sabe falar, o Brasil e os PALOPs não! Que distorçam o francês ou o inglês, quero lá saber!

wednesday disse...

Exmo Zé da Burra: se calhar até tem muita razão em tudo o que escreve. Só se esquece de uma coisa no meio disso tudo: estamos a vender-nos. Queremos tirar partido das massas. Queremos lutar uma luta que não é para o nosso tamanho. Será que tudo isso vale a nossa cultura?

Unknown disse...

Não concordo e já ando há muito para escrever um post sobre isso. Maldito acordo que aí vem... Parece-me que aqueles que estão mais incomodados com isto, são os que actualmente se esforçam por não dar erros na escrita e que amam a sua língua. Para muitas outras pessoas, é indiferente.
Não concordo e estou indignada.
A minha cabeça tem as duas línguas muito separadas, o Brasileiro (e não português do Brasil) e o Português. Quer seja uma língua "fechada", triste e estranha é a minha língua e eu gosto dela exactamente como é.

Anónimo disse...

O acordo não vai harmonizar o nosso português com o do Brasil, apenas o vai aproximar, eliminando consoantes desnecessárias e outros pormenores sem importância, porque a sintaxe é muito diferente.

A alteração vai no sentido de outras anteriores e basta pegarmos num livro de há cem anos e facilmente constataremos muitas diferenças gráficas, por exemplo: commissario, auctoridade, offerecer, allemão, commercio, thermometro, affirmar, jury, official, (e o seu plural) officiaes, monarchia, d'elle, d'ella, d'este d'aquelle, n'esse, n'essa, pharmacia, elephante, sêco, Victor, Luíz, Benguella, Mossamedes, Pôrto, Cintra, Cezimbra, Barca d'Alva...

Zé da Burra o Alentejano