quarta-feira, abril 02, 2008

Recordações Benfiquistas

O aniversário do Rui Costa e o regresso às vitórias em casa do Benfica fizeram-me recordar a primeira vez que fui ao Estádio da Luz. Na época ida de 1993/94 (penúltimo campeonato ganho), algures em Dezembro. Nessa altura ainda vivia longe estas emoções. Verdade se diga que vivia mais do que as pessoas que estão sempre perto do centro de decisão. O Estádio da Luz era algo que só via na televisão, em casa. Ver ao vivo e a cores era uma coisa do outro mundo.

Nesse ano viemos a Lisboa antes do Natal, que até fazíamos frequentemente. O meu irmão já cá estudava e provavelmente viemos buscá-lo para as férias do Natal. E o meu pai levou-me ao futebol, enquanto o meu irmão e a minha mãe ficaram juntos (família atípica, não é?).

Lemvro-me que fomos de metro e quando saímos, parecia que estava noutro planeta. A envolvência do antigo Estádio da Luz estava ao rubro. Ainda era na altura que a capacidade eram 120 000 mil. As pessoas vindas de todo o lado, as roulotes de bifanas e tremoços, as bancadas a vender cachecóis. Eu fiquei, literalmente, embasbacada e parada a assimilar tudo. Tanto que quando dei por mim não via o meu pai. Em poucos segundos perdi-o de vista e senti-me pequenina e perdida. Até que alguém pegou na minha mão e era ele.

Seguimos a caminho do estádio, entrámos para os nossos lugares. Acho que olhei mais para tudo do que para o jogo nos primeiros minutos.

Que jogo era? Nada mais nada menos que o Benfica - Sporting. Ganhámos 2-1, mas o Sporting marcou 1º. Nós só demos a volta na 2ª parte. Ainda cá estava o Figo na lagartada e o Rui antes de ir para outros vôos. Tínhamos o João Pinto, que teve nesse ano a época da sua vida, o Yuran, o Schwarz, o Paneira, o Isaías... Ganhámos. O Estádio parecia que vinha abaixo. Os flashes, os cânticos, muita e muita gente.

É uma emoção que não esqueço e que foi inigualável. Por um lado cresci e essa visão em forma de sonho que temos do mundo vai diminuindo. Depois o facto de já viver em Lisboa há quase 11 anos também me tem permitido estar perto de tudo, não ser visto apenas pela televisão. Mas nesse dia foi mágico e na minha memória esse aspecto nunca me vou esquecer.

1 comentário:

Anónimo disse...

Wed... é sempre uma emoção ir à catedral, mas a primeira vez é algo indescritível, não é?

Um dia destes conto a minha primeira visita... por acaso tb foi com o meu pai!