A(l)gora é que já me lixaste!
O muito badalado documentário do Al Gore, Uma Verdade Incoveniente, anda na boca do mundo. Eu ainda não vi e a ver será quando der na televisão. E já explico porquê...
Se há coisas que me fazem confusão, neste tema consigo encontrar logo uma data delas. Primeiro, a vitória do Al Gore. O homem não foi para presidente mas veja-se: assim está ele muito melhor! Como anda a defender o bem, ele é só elogios... A troco, claro, de cerca de 200 000 euros por palestra!! E a troco de andar a conhecer o mundo no seu jacto particular... Ora assim ele polui diariamente muito mais do que uma grande parte da população da Terra.
Depois, o facto destas palestras serem selectas, politicamente correctas, mas por trás haver alguma, para não dizer muita, hipocrisia. Afinal, um dos grandes derrapantes ao Protocolo de Kioto são os EUA. Porque esta verdade não tem de ser pregada ao comum mortal, mas sim aos multi-milionários que gerem os grupos económicos, os gigantes da indústria. Mas infelizmente estes conseguem alhear-se da verdade nas ruas, porque vivem lá no planeta de luxo deles. Aliás, Al Gore tem na sua conta pessoal três mansões que derrubam qualquer estatística média de consumo energético.
Esta capacidade gritante dos EUA sofrerem tragicamente de tudo e de terem de vir relatar ao mundo como sofrem, que desastres aguentaram, pá, irrita-me. Irrita-me (e agora fugindo um pouco ao aquecimento global) que quando o Katrina assolou Nova Orleães fosse o tema indiscutível de abertura de muitos e muitos jornais. Claro que as pessoas sofreram, disso não tenho dúvida, mas para serem tema de abertura de jornais, antes tinham de aparecer para o resto da vida os problemas que assolam África.
Portanto, ter cá o "nosso amigo amaricano" Al Gore a defender o que ele próprio ignorou na sua carreira profissional, a falar superficialmente sobre o um problema que tem inúmeros vértices, a extorquir dinheiro à custa da doente Mãe Natureza, para mim não me convence. Por isso pelo menos de mim nem o bilhete do cinema leva!
E depois abre-se assim o caminho com passadeira vermelha aos pró-ambientalistas-extorquicionistas: o marketing. O pleno brincar com o que de nada tem com que brincar. Veja-se então quem já aprendeu a lição muito bem:
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